Israel notificou o Tribunal Penal Internacional (TPI) que vai recorrer contra os mandados de captura emitidos contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e do seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, devido à sua conduta na guerra na Faixa de Gaza, anunciou o gabinete de Netanyahu esta quarta-feira.
"Israel apresentou hoje (quarta-feira) uma notificação ao Tribunal Penal
Internacional da sua intenção de recorrer ao tribunal, juntamente com um
pedido para adiar a execução dos mandados de captura", escreveu Netanyahu, contestando a "competência" do TPI e a "legitimidade" desses mandados.
Segundo o gabinete do líder israelita, o Estado de Israel renuncia à autoridade do TPI e contesta a legitimidade dos mandados de prisão emitidos contra o primeiro-ministro israelita e o seu o ex-ministro israelita da Defesa.
Medidas contra o TPI e os países cooperantes
O primeiro-ministro de Israel declarou ainda que o senador republicano norte-americano Lindsey Graham o tinha informado "sobre uma série de medidas que está a promover no Congresso dos EUA contra o Tribunal Penal Internacional e contra os países que cooperam com ele”, disse Netanyahu.
O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, emitiu na passada quinta-feira três mandados de captura contra Netanyahu, o antigo ministro israelita da Defesa e o líder militar do Hamas, Mohammed Deif, por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza.
Na sequência da decisão do TPI, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, mostrou total disponibilidade de Portugal para cumprir com as suas "obrigações internacionais se essa questão se puser".
c/agências
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